terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A criançada!

  Sábado foi um dia muito especial, uma amiga minha reuniu toda a turma em sua casa nova em Louveira, faz pouco tempo que ela se mudou para lá, e a princípio ela estava se sentindo meio solitária, pois a cidade é muito pequena, apesar de muito gostosa, ficamos a maior parte do dia na piscina, devido ao calor, que por sinal estava uma delícia. Foi muito engraçado observar tudo ao redor, parecíamos crianças pulando em um colchão bóia, a maioria no alge dos seus trinta e poucos anos, voltando à pureza da infância, por algumas horas tudo parecia tão simples e prático, só conseguia enxerga-los como menininhos alegres e contentes, rs...
  Na verdade tudo é simples mesmo, nós que com o passar do tempo acabamos complicando a vida, é tão mais fácil quando estamos alegres e buscamos por isso, é tão mais fácil sermos crianças...
Porque quando crescemos esquecemos essa alegria? Perdemos nossa essência? É claro que temos responsabilidades, mas porque não podemos arcar com elas de uma maneira mais descontraída, séria, mas com a facilidade que uma criança tem para lidar com a vida?
   Conversando uma hora com essa minha amiga, comentei:
   -Nossa aqui é tão gostoso! Tem de tudo também! E ela respondeu com um tom meio nostálgico:
   -Aqui é uma delícia, realmente tem de tudo, mas não tem o pricipal, gente...
   É para se pensar, como as pessoas são importantes em nossas vidas, podemos ter o mundo, mas se for para viver em um mundo só para nós, o que valerá? As pessoas correm diariamente atrás de melhoria, mas nunca paramos para pensar o que queremos melhorar, será que melhorando só o externo valerá a pena o esforço? A companhia de amigos é tão extraordinário, principalmente quando a amizade é tão querida que nos permite essa descontração e mostrar quem realmente somos, sem vergonha de parecermos ridículos, apenas sendo o que já fomos um dia e perdemos sem nem saber como e só em ocasiões como essas conseguimos relembrar como é bom!
   No final das contas o resultado foi uma bola de volley autografada pela seleção, rasgada, um banheiro entupido e várias coisas para limpar, claro que tudo foi sem intenção, mas ela estava lá toda resplandescente de alegria por estar naquele momento compartilhando um pouco de tudo que ela e sua família batalharam para conseguir conosco, todos muito solicitos e carinhosos, se a maioria das pessoas tivesse essa consciência de solidariedade, de compartilhar os sentimentos, não os bens, a vida seria tão mais harmoniosa, isso os torna diferentes de muitas pessoas.
   Se conseguissemos permanecer com esse sentimento de felicidade pura durante a maioria do tempo, nossas vidas e das pessoas ao nosso redor seriam mais harmoniosas.
   Está aí um exercício difícil, mas legal de se fazer, só o fato de lembrar de tentar fazer, talvez já mude um pouco essa senção rude do dia a dia.

Um comentário:

  1. Adoro ler suas reflexões, Mi, nelas transparece tudo que sempre me apaixonou em você. Escrever as mensagens e lições que você escreveu, muitos podem, mas vivê-las... nunca conheci ninguém que o fizesse como você!

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